quinta-feira, 19 de julho de 2007

Cofres de suor

Suam como suínos os suecos
estirados nas descansadeiras
do convés do transatlântico,
escorrem pelos torsos róseos
os fluidos que se hospedarão,
efêmeros, nas caixas-fortes.

Lá embaixo, pretos e brancos,
pretos de fuligem,
brancos de farinha,
equilibram arrobas sobre os crânios.
Um imitador de Verger busca
os melhores ângulos para sua
exposição fleumática londrina.

Grandes empresários ganham as
ruas de paralelepípedos
e edifícios quinhentistas.
Um sobressalto por um souvenir!

Perguntam ao artista nativo:
"Quanto custa este arquétipo colonial?"
E conferem em volta o turismo histórico,
in loco: o século XVI.

2 comentários:

Marcelo Oliveira disse...

Acho que precisa de Estudos Literários pra entender esta poesia.
:S

Mas ela tem uma sonoridade legal.

os "su su su's" no início ficaram interessantes =)

A czarina das quinquilharias disse...

cheios de babadinhos.
gosto de suecos suados com suínos
suecos secos são um saco.