terça-feira, 26 de junho de 2007

Estanque, parte II

Oitenta por cento da vida
Indeferida e ainda tido
Como descontrolado, ao descobrir o sol
Do meio-dia e sem cobertor,
É mais uma amostra do horror
Somado por todo os anos.

Há mantras impressos no monitor,
Mas a ladainha, que deveria ser monástica
Não é nada calma e nem segue
Os escritos
Os gritos, iracundos,
A quaisquer sencientes profundos
Ou doutrina que a negue.

Como criança, escorre para sob o colchão
Vai viver com as aranhas,
Não lhe importa a rinite,
Queria ser réptil,

Escondido da luz e dos bombardeios
Reais, depois de três dias
Preenchidos por bombas
Juninas numa rua rosada,
Ladeira da preguiça.

Tristeza demais para uma solidão,
Aponta para cima e sobe a ladeira,
Sorriu por três dias e caiu do alto,
Em pranto de poeta.

Se é negra
Toda a tristeza e felicidade dessa vida.
Acordava o negro mais sorridente
Que poderia existir nas janelas.

Tudo abortado,
Como quase o foi.

Um comentário:

Anônimo disse...

:)